Garrafas coloridas e sonoras.

A sugestão é a criação de um instrumento colorido feito com garrafas de vidro. Este é um experimento musical muito gostoso de fazer: um xilofone de garrafas. Como estamos trabalhando com vidro, esta brincadeira precisa ser monitorada sempre.

Para fazer este instrumento, usam-se sete garrafas de vidro transparente. Em cada uma é colocada uma quantidade diferente de água. Dependendo da quantidade de água, podemos obter várias vibrações sonoras. Quanto menos água, mais agudo é o som. Quanto maior a quantidade, mais grave, pois a água vibrará menos.

As professoras, então, estimulam as crianças a tocar e a perceber os diferentes tipos de sons. Eventualmente, pode ser interessante incluir elementos de cor, pingando gotas de anilina na água. Uma proposta para explorar a percepção de sons e cores é solicitar às crianças que escolham as cores de cada som.

CIRANDA: Muito além do lápis e do papel!

Muito além do lápis e do papel!

     Pense em lápis, caneta, papel em branco. Com a simples lembrança dessas palavras, vêm à mente situações de aprendizagem típicas das escolas. Agora, imagine fantoches, mascotes, cartazes, canecas, barbantes, potes, tintas… entre outros recursos. Pois todos esses materiais também podem ser objetos de aprendizagem e, por isso, compõem o arsenal de materiais utilizados no Projeto Ciranda para promover o desenvolvimento das crianças.

A diversidade de materiais manipulativos propostos no Ciranda pode ser entendida sob múltiplas perspectivas.  De maneira geral, o uso desses recursos busca ampliar as possibilidades de interação, descobertas e reinvenção do mundo pela criança.

Os materiais manipulativos, inseridos sempre de forma articulada com o planejamento pedagógico e com objetivos claramente definidos, representam meios poderosos para promover o conhecimento. Afinal, a motivação para explorar, descobrir e aprender está naturalmente presente em todas as pessoas. 

     O uso desses materiais estimula a imaginação, a formulação de hipóteses, deduções, inferências e outros processos do pensamento. Abre espaço, também, para a participação conjunta do grupo e para a intervenção do professor – que orienta a condução das atividades.

Por isso, com o objetivo de apresentar exemplos de possibilidades com muitos recursos, vamos, na próxima semana,  apresentar alguns exemplos de como isso ocorre no Projeto Ciranda.

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Linguagem e Arte

O contato entre a criança e a arte 

Linguagem que envolve construção, jogo, comunicação e expressão – contribui muito com o processo de desenvolvimento infantil. 

Nesse campo rico, o uso da linguagem verbal também tem seu lugar em todas as atividades. Em muitas situações, os alunos são provocados a falar sobre suas produções, a criar ou descrever suas descobertas. 

No primeiro semestre, os alunos de 5 anos, por exemplo, aprendem a criar o bicho preferido com isopor e guache. Depois, são convidados a inventar um animal que só existe na imaginação. Em seguida, trabalham com uma parlenda, na qual identificam os personagens, registrando seus nomes num texto escrito.

Linguagem e Movimento

No eixo do Movimento, as crianças conhecem o corpo e suas possibilidades de movimentação no espaço, desenvolvendo habilidades motoras.

Entre as estratégias utilizadas, estão as brincadeiras populares. É um prato cheio para o uso da escrita em situações cotidianas. Com frequência, as brincadeiras são acompanhadas de cantigas e parlendas. Além disso, durante as atividades, as crianças podem fazer, por exemplo, uma pesquisa com os pais para saber do que brincavam. Em uma das propostas, os familiares preenchem cartões com as brincadeiras que faziam na infância, bem como os materiais necessários para executá-las. Os cartões voltam para a sala, e as crianças podem produzir listas e trabalhar com os nomes, entre outras propostas.

Linguagem e Natureza e Sociedade

O eixo Natureza e Sociedade trata de temas relativos ao mundo social e natural, ou seja, fenômenos e acontecimentos físicos, biológicos, geográficos, históricos e culturais.

No primeiro semestre, os alunos de 4 anos trabalham, por exemplo, sobre o tema da identidade, o que inclui o estudo do nome e do sobrenome.

     

Esta é uma questão que atrai muito os alunos, que são levados a perceber o sentido histórico e cultural dos nomes. Afinal, como seria se não tivéssemos nome? E como sabemos diferenciar as pessoas, quando têm o mesmo nome?

Nesse percurso, as crianças fazem brincadeiras, recitam parlendas, trabalham com os nomes de personagens de histórias, consultam a lista de nomes da sala, e, claro, escrevem seus próprios nomes e sobrenomes, entre outras atividades.

Sempre é tempo de se trabalhar com a leitura e a escrita

O uso da palavra oral e escrita é uma perspectiva inserida em todos os eixos do Projeto Ciranda.  Alguns exemplos de como a leitura e a produção escrita surgem em propostas de Arte, Matemática, Movimento e Natureza e Sociedade estarão sendo postados aqui, de segunda a segunda. Acompanhe o CIRANDA!

E para começa, veja, a seguir, como a linguagem é contemplada pela Matemática.

Linguagem e Matemática

No Ciranda, a Matemática é espaço para se aprender a ler os números e, também, as palavras. 

Em uma das atividades propostas, por exemplo, as crianças desenvolvem um calendário linear, que ficará como um grande varal na sala ao longo de todo o ano. Mas um calendário não é feito apenas de números: as crianças preencherão os quadros com o nome dos meses, anotarão os feriados e farão outros registros, como datas de passeios e projetos. Desse modo, sempre com temas ligados ao seu dia a dia na escola, utilizam a linguagem de forma significativa e integrada à proposta da Matemática.