Brincar é muito importante. Mas é preciso lembrar que isso não é válido apenas para a Escola e para a educação. Em casa, também é fundamental que os pais contribuam para que seus filhos brinquem muito... e brinquem bem.
1. Deixe que a criança brinque com liberdade. É importante para a criança movimentar-se livremente (mas com segurança, claro), sem que o adulto interfira na forma e no jeito de ela se expressar. Isso vale para os objetos, como os brinquedos. Não existe uma única maneira de brincar, de manipular, de construir, de desconstruir.
2. Brinquedos não são apenas os objetos de plástico que compramos nas lojas especializadas. Copos de iogurte, blocos de madeira, fantasias (roupas usadas), metais, caixas de embalagens etc. são apenas alguns exemplos de materiais com os quais a criança pode brincar.
3. Quando for comprar um brinquedo, procure os que oferecem mais possibilidades para que a criança interaja. Os brinquedos que “brincam sozinhos”, como certos carrinhos ou bonecas com movimentos automáticos, à primeira vista atraem pelos sons que emitem, mas logo caem no esquecimento, pois reduzem a liberdade de imaginação das crianças.
4. Respeite o ‘fazer nada’ de seu filho. É verdade: nem sempre as crianças precisam estar ocupadas com alguma coisa. É fundamental que as crianças tenham também momentos de relaxamento, de sono e de não fazer absolutamente nada. Os cientistas descobriram que são principalmente nessas horas que se fortalecem certas ligações dos neurônios no cérebro.
5. Nos parques e nas praças, onde há brinquedos como escorregador, balanço, gira-gira, gangorra, o importante é encorajá-los a explorar as possibilidades de movimento que o brinquedo oferece. Por exemplo, dependendo do tipo e do lugar, o escorregador pode ser transformado em um lugar de escalada. Há inúmeras formas de percorrer ou dependurar-se no trepa-trepa etc.
6. As brincadeiras são uma porta de entrada para o mundo da imaginação. É comum, por exemplo, as crianças terem amigos imaginários, contar sobre situações que apenas existem em sua cabeça. Deixe-a fantasiar livremente, sem dizer que ‘é tudo imaginação’.
7. Quando for o caso, ajude seus filhos a criar cenários para as situações em que vivem os papéis dos adultos, como é o caso do brincar de casinha. Esse é um processo muito importante para as crianças.
8. Aproveite os jogos de regras para trabalhar com os seus filhos também sobre valores, como o respeito ao outro, a importância de seguir as orientações para que o jogo dê certo, o ganhar e o perder.
9. Brincar também se aprende, inclusive com os adultos. Proponha situações, provoque as crianças a explorar de forma diferente brinquedos e brincadeiras. Que tal ensinar algumas brincadeiras do seu tempo?
10. Por fim, brinque também. O brincar não é só para crianças. Todos os seres humanos também trazem em sua natureza o prazer pelo brincar e pela fantasia. Seus filhos certamente vão adorar.