Um espaço para compartilhar ideias e informações sobre Educação Infantil

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sexta-feira, 16 de março de 2012

UM BOM PROBLEMA


Um dos marcantes diferenciais da proposta do Projeto Ciranda é a ênfase na resolução de problemas

Muitos adultos certamente se lembrarão de seu tempo de escola, e pensarão que as crianças vão despender longas horas fazendo contas e tentando solucionar problemas numéricos. Se este é seu caso, vale a pena ler até o fim este texto. Assim, entenderá que resolução de problemas, dentro da ótica do Ciranda, é bem mais do que lidar com números, e não se resume à Matemática.

A proposta da Resolução de Problemas do material utilizado pelas crianças da Educação Infantil assemelha-se mais ao que todos nós vivemos na vida real: ao nos depararmos com uma situação desafiadora.

Buscamos formas de enfrentá-la. Investigamos os caminhos, procuramos olhar de diferentes ângulos, lançamos mão de conhecimentos de diversas áreas e de nossa experiência de vida. Nem sempre há uma pergunta clara, arrumadinha, nem uma só resposta. Assim, na escola, enquanto resolvem problemas, as crianças podem desenvolver um conjunto de habilidades cognitivas, que as ajude a aprender mais e melhor os conceitos fundamentais em todas áreas envolvidas. 

Elas aprendem fazendo suposições, testando ideias e reformulando-as quando necessário, tirando conclusões. Nesse processo, aprendem a pensar como “pequenos cientistas”.

Um exemplo pode estar em um simples jogo de boliche. Se as crianças encontram tudo arrumado e as regras definidas, são pouco estimuladas a pensar. Mas, se desde o início, são provocadas a construir e a organizar as garrafas, discutindo acerca da melhor posição, a ordem dos jogadores, como vão contar e marcar os pontos (se ainda não dominam os números)... aí há um universo de descobertas a serem feitas, muitas estratégias a serem criadas.

É um processo muito importante para o desenvolvimento – afinal, bem sabemos, a vida não tem respostas prontas para tudo.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Algumas dicas para estimular a curiosidade das crianças


O estímulo ao pensamento das crianças não é algo restrito à escola. Em casa, a postura dos pais é determinante para levar as crianças a investigarem, buscando respostas para as perguntas que a todo o tempo formulam

1. Nunca ache que as crianças são como ‘potes vazios’ que progressivamente vão sendo completados com conhecimento. Desde que nascem, as crianças têm sua forma de ver o mundo e constroem suas ideias a respeito de tudo o que acontece. Com as experiências, o aprendizado, o amadurecimento, suas ideias vão ficando mais complexas. Isso é aprender.

2. Por isso, não julgue o que seus filhos dizem como algo que não deve ser levado em conta. O que eles falam é fruto de uma curiosidade infinita sobre as coisas e as pessoas, que e deve sempre ser estimulada.

3. O cérebro é como nossos músculos: quanto mais estimulado, mais responde. Quando mais passivos e menos exigidos, mais limitados ficam. Estimule seu filho a explicar o que pensou e como pensou, a contar o que aprendeu e como aprendeu. Isso mostra a ele que você valoriza ideias e conhecimento, dois elementos fundamentais no conhecimento humano.

4. Incentive sempre a comunicação. Não antecipe a fala do seu filho. Deixe que verbalize a pergunta da forma mais completa que conseguir. Nós, em nosso imediatismo, muitas vezes cortamos a expressão das crianças e antecipamos o que elas pediriam ou perguntariam.

5. Tente utilizar minimamente a resposta padrão dos adultos quando ouve uma pergunta das crianças: “nem adianta, você não vai entender, você não é capaz”. As crianças são muito observadoras, estabelecem muitas relações, são capazes de resolver muitos problemas – e todo adulto já teve a chance de perceber isso.

6. É possível também colocar à disposição das crianças brinquedos mais estimulantes. Há muitas lojas de brinquedos educativos. Procure aqueles que dão mais liberdade de criação para as crianças, os jogos de memória e raciocínio. Há muitas opções tão acessíveis quanto os brinquedos mais comuns do mercado. É possível, também, construir brinquedos com as crianças - e isso pode ser muito divertido.

7. Por fim, lembre-se sempre de ter algum tempo para conversar com seus filhos, mesmo os de pouca idade. Muitos adultos pensam que as crianças não precisam disso. Ao contrário: quanto mais os adultos conversam com as crianças, maiores são os reflexos sobre o vocabulário, o estímulo ao pensamento e o fortalecimento dos vínculos afetivos. Tudo isso cria um ambiente mais propício para a aprendizagem.